24/10/05
– Segunda-feira: Partimos da nossa cidade, Taquara, as 10:00
da manhã e atravessamos o RS para pernoitar na cidade de
Livramento, fronteira do Brasil com o Uruguai. Percorremos hoje 564
km.
25/10/05
– Terça-feira: Saímos de Livramento as 9:00 da
manhã, atravessamos o Uruguai, tomamos a Ruta 5, passamos por
Tacuarembó onde pegamos à direita a Ruta 26 até
Paysandú, onde atravessamos a Ponte Internacional General
Artigas para a Argentina. Para percorrer o trecho da ruta 26,
preparem-se com lanches e água em Tacuarembó, por que
este trecho até Paysandú não dispõe de
restaurantes e boas lancherias.
Na
Argentina fomos até a cidade de Colón, onde pegamos à
esquerda na Ruta 14, em direção ao sul. Na Ruta 14
passamos pela cidade de Zárate e fomos dormir na cidade de
Santo Antonio de Areco, na Ruta 8. Percorremos hoje 636 km.
26/10/05
– Quarta-feira: Saímos as 9:00 horas da manhã e
almoçamos na cidade de Venado Tuerto. À tarde passamos
pela cidade de Rio Cuarto, continuamos na Ruta 8 até Villa
Mercedes, onde pernoitamos no hotel American Palace Hotel.
Percorremos hoje 629 km.
27/10/05
– Quinta-feira: Saímos as 9:00 da manhã, agora
pela Ruta 7. Passamos pela cidade de São Luis. Esta cidade
marca o inicio do deserto, causado pela altura da Cordilheira, que
não deixa as nuvens virem do Oceano Pacífico. É
uma faixa que acompanha toda a Cordilheira dos Andes. As nuvens
ficam retidas do lado Oeste da cordilheira, ou seja, no Oceano
Pacífico. Para quem não conhece, imagine que logo
depois do litoral do Pacífico, levanta-se uma grande muralha,
que é a Cordilheira dos Andes. Entramos em São Luis
para passear , o que vale a pena, pois é uma cidade antiga e com muita história. Depois
seguimos também pela Ruta 7 até Mendoza, onde chegamos
as 15:00 e nos hospedamos no Condor Suites Hotel. Percorremos hoje
360 km.
28/10/05
– Sexta-feira: Hoje resolvemos explorar o antigo caminho até
a cidade de Uspallata, passando pela Villavicencio, onde ainda
funciona Termas de Villavicenzio. Uma boa parte deste trecho até
Uspallata é feito em chão de terra, a subida é
íngreme, mas em compensação, a vista é
belíssima. Preparem-se para muito pó. No caminho,
aproveitamos para conhecer, a poucos metros da estrada principal, as
instalações de antenas e radares da Aeronáutica
Argentina. Neste lugar já encontramos neve. Almoçamos
em Uspallata, e retornamos a Mendoza pelo mesmo caminho. A noite,
recebemos nossos amigos Jorge e Nice, que vieram de Porto Alegre de
avião via Buenos Aires. Percorremos hoje, 210 km.
29/10/05
– Sábado: A partir de hoje, pelas próximas duas
semanas, teremos a boa companhia dos amigos Jorge e Nice, dos quais
gostamos muito. O dia e a noite foram de passeios pela cidade de
Mendoza. Visitamos também a Bodega (vinícola) da
família Zucardi, nos arredores da cidade. Percorremos hoje 35
km.

Jorge e Paulinho

Paulinho e Jorge

Nice e Beti

Jorge, Beti e Paulinho com o recepcionista da Vinícola Zucardi

Jorge e Nice



30/10/05
– Domingo: Saímos as 9:20 e começamos a travessia
da Cordilheira, em direção à Santiago do Chile,
pela Ruta 7. Passamos por Uspallata, Punta de Vacas, Los Penitentes,
Puente del Inca, Las Cuevas, onde fizemos a Aduana Argentina.
Atravessamos o Tunel Cristo redentor, que marca a divisa entre
Argentina e Chile. Logo depois do túnel, fizemos a Aduana
Chilena. Atualmente, as Aduanas foram unificadas, e o complexo
construído no lado argentino. A poucos metros depois do
túnel, paramos no Hotel Portillos, no meio da tarde, onde
fizemos uma boa refeição e seguimos, descendo pelos
Caracoles, passando pela cidade de Los Andes, onde entramos na Ruta
57 até Santiago do Chile, onde nos hospedamos no hotel
Sheraton. Hoje percorremos 365 km. Esta travessia não é
longa, mas por ser magnífica, você precisa de todo o
dia, em função das paradas para fotos e apreciação
da natureza.






























31/10/05
– Segunda-feira: Resolvemos deixar a nossa camioneta
estacionada no hotel e alugamos uma Van com motorista/guia para nos
mostrar a cidade de Santiago do Chile no dia de hoje. A cidade tem
aproximadamente 5.600.000 habitantes. Fomos ao Cerro San Cristóbal,
onde subimos de teleférico, bairro Bellavista, Plaza de Armas,
Catedral, Palacio de Governo La Moneda. No centro da cidade o guia
nos levou a caminhar por uma outra cidade subterrânea, fato que
nos deixou surpreso, não sabíamos deste particular. Os
edifícios, nesta região, quando são projetados,
têm que prever a ligação subterrânea com os
prédios vizinhos. Para simplificar, e vocês entenderem
melhor, o resultado disso é que, andando neste subterrâneo,
é como se você estivesse em um shopping. Os corredores
são largos, cheios de lojas e lanchonetes, com vários
acessos às ruas acima através de escadas largas. Isto
se deve ao fato de que no inverno é muito frio para as pessoas
andarem a céu aberto. Em muitos casos, as lojas que estão
no nível da rua também tem acesso por este subterrâneo.
No calçadão ( peatonal ) do centro da cidade também
ficamos sabendo que existe uma curiosidade, que é única:
os chamados “café com pernas “. As fachadas são
de vidro, com películas escuras para não se enxergar
para dentro, porque as meninas que servem café, além de
usarem vestidos curtíssimos, em momentos aleatórios
durante o dia, soltam a parte superior de seus aventais ( tipo
jardineira ), deixando os seios à mostra. Como não se
sabe os horários que isso é feito, o café vive
lotado de “taradinhos”, geralmente, aposentados. O guia
nos explicou que esta foi uma estratégia usada pelo primeiro
dono de cafeterias em Santiago, um árabe, que observou que não
era costume dos chilenos tomarem cafezinho. Também visitamos
uma avenida que foi construída abaixo do Rio Mapocho, o que é
muito curioso, por que ela segue exatamente o curso do rio. Afora a
dificuldade de cavar o próprio túnel, os engenheiros
tiveram também a facilidade de não encontrar, neste
traçado, nenhuma fundação de edifício, e
outros empecilhos enterrados, inerentes à estrutura de uma
grande metrópole, como redes de água, esgoto,
eletricidade, telefonia, etc.















01/11/05
– Terça-feira: as 10:00 da manhã partimos em
direção à Valparaíso e Viña Del
Mar. A 120 km de distancia, pela Ruta 68. Valparaíso é
uma cidade portuária de aproximadamente 300 mil habitantes. E
Viña Del Mar é o balneário mais popular do
Chile, devido à sua proximidade com Santiago. Tem cerca de 330
mil habitantes. São duas cidades com muita história e
beleza arquitetônica, imperdíveis. Depois do almoço
nossa viagem continuou, agora pela Ruta das Frutas até
encontrarmos a Ruta 5 próximo a San Fernando. Passamos por
Curicó e fomos pernoitar na cidade de Talca. Percorremos hoje
570 km. Deveríamos ter pernoitado em Viña Del Mar pois
chegamos em Talca a meia noite, cansados, e ainda tivemos que
procurar hotel, isso não foi legal.



02/11/05
– Quarta-feira: Passeamos na cidade de Talca, com
aproximadamente 200 mil habitantes. Cidade de muitos jovens, atraídos
pela Universidade de Talca. As 11:30 da manhã retomamos a Ruta
5 e chegamos em Termas de Chilan as 16:30, onde fizemos uma boa
refeição. Termas de Chillán é um
balneário de inverno e uma estação de esqui
conhecida mundialmente. As águas são oriundas do vulcão
Chillán Nuevo, de 3.200 m de altura, que brotam a 90 graus
centígrados, mas chegam para o banho a uma temperatura de 37
graus centígrados. As Termas estão localizadas a 82 Km
da cidade de Chillán, de 150 mil habitantes. Retornamos a Ruta
5 e fomos até a cidade de Temuco, onde chegamos as 21 horas.
Percorremos hoje 580 km.



03/11/05
– Quinta-feira:Pela manhã passeamos pela cidade de
Temuco, que tem 240 mil habitantes. É uma cidade relativamente
próxima à costa, parques e vulcões. O mais
famoso é o Vulcão Llaima, distante 80 km. Saímos
da cidade as 10:00 da manhã e retomamos a Ruta 5. Andamos
cerca de 27 km na Ruta 5 e pegamos à esquerda a Ruta 119.
Passamos pela cidadezinha de Villa Rica ( 45 mil habitantes ) e
seguimos até a cidade de Pucón, onde almoçamos.
É uma graça de cidade, praticamente um míni
Gramado ( cidade na serra gaúcha ). Voltamos até Villa
Rica. Para encurtar o caminho, deixamos a Ruta 119 e pegamos outra
rodovia até um ponto da Ruta 5, bem mais ao sul, ou seja,
ganhamos tempo e economia de quilometragem. Seguimos viagem até
Puerto Varas, onde chegamos as 19 horas. Percorremos hoje 470 km.

04/11/05
– Sexta-feira: Pela manhã, passeamos por esta bela
cidade de Puerto Varas, de 30 mil habitantes, às margens do
lago Llanquihue, próximo à cidade de Puerto Montt.
Muitas casas de madeira, o que dá a impressão que
estamos em um cenário de filme. Não podemos esquecer
que a região sul do Chile é muito povoada por pessoas
de origem alemã, que começaram a chegar na região
na primeira metade do século passado. Os alemães, pelo
seu característico modo de fazer as coisas, deu à
região uma atmosfera complementar ao que a mãe natureza
já havia feito. Ao fundo desse lago, temos a visão
imponente do vulcão Osorno, coberto de neve, que em dias
ensolarados, fica inteiramente refletido nas águas. É
uma visão mágica. Pegamos a Ruta 225 e começamos
a contornar o lago. Subimos o vulcão Osorno até a
estação de esqui, onde eu e o Jorge subimos mais ainda
de teleférico até quase o topo. Voltamos até a
base do complexo e almoçamos. Nas horas em que estávamos
lá em cima, nevou muito, o que para nós foi um
espetáculo a parte. Descemos ao nível do lago e fizemos
a volta nele, passando pelas cidadezinhas de Puerto Octay, Frutillar
e Llanquilhue até chegarmos novamente a Puerto Varas.
Percorremos hoje 273 km.























05/11/05
– Sábado: Saímos do hotel e nos dirigimos ao
aeroporto de Puerto Montt, onde deixamos a camioneta no
estacionamento, e embarcamos pela Lan Chile, com destino a Punta
Arenas, onde desembarcamos cerca de 1 hora e 30 minutos depois. No
aeroporto, estava a nossa espera um grande ônibus vermelho,
pertencente à companhia Skorpios de navegação,
cujas laterais estava escrito em letras enormes: “ Dona Mimi “.
Este ônibus nos levou até a cidade de Puerto Natales,
pela Ruta 9, numa distancia de 200 quilômetros. É uma
rodovia de concreto, muito boa. Fizemos este percurso em 2 horas e 20
minutos. Descemos do ônibus no Pier bem próximo ao navio
Skorpios 3, onde imediatamente embarcamos. Esta companhia pertence à
família de Don Constantino Kochifas Cárcamo: sua
esposa, Dona Mimi e aos filhos. O comandante Constantino estava no
deck do navio nos recebendo pessoalmente. Ele, em vida, já era
uma lenda, muito reconhecido e laureado pela própria marinha
chilena. Começou a vida como pescador e, com seu trabalho e
inteligência, construiu um império que nesta época
já constava com 32 navios, sendo 3 de turismo, e o restante de
transporte de pescado. Don Constantino foi o primeiro a explorar
rotas turísticas nos glaciares do sul do Chile. Como exemplo:
Ruta Exploradores Kaweskar (navio Skorpios 3 ) saindo de Puerto
Natales; Ruta Aventura Aysén (navio Skorpios 1 ) saindo de
Puerto Chacabuco; Ruta Clasica San Rafael ( navio Skorpios 2 )saindo
de Puerto Montt. Nos cinco dias em que estivemos com ele, tivemos o
prazer e a honra de festejar os seus 75 anos de idade. Ele,
infelizmente faleceu no ano de 2010. Nos trechos mais difíceis
desta viagem de 5 dias que fizemos, era ele que pilotava o navio e
nos franqueava a ida junto com ele na cabine de comando. Como eu
tenho o costume de levantar muito cedo, antes de tomar o café
da manhã eu ia, as 6 horas da manhã, encontrá-lo
no comando do navio, onde tinha o prazer de ficar até as
7:30/8 horas em sua companhia. O único lugar do navio em que
tínhamos que ir acompanhado por um oficial era na sala de
máquinas. O comandante Constantino era o responsável
por todo o funcionamento do navio, e a Dona Mimi, sua esposa, cuidava
da parte de hotelaria ( cozinha, garçons, camareiros ).
Zarpamos de Puerto Natales à tardinha. E a noite, tivemos o
primeiro jantar à bordo, sempre com a companhia do nosso
comandante. A cada noite, no jantar, um grupo de passageiros era
convidado a sentar-se à mesa com o comandante. O navio
Skorpios 3 tem capacidade para 125 passageiros, mas nesta viagem o
grupo era de 76 turistas, das mais variadas partes do mundo. De
brasileiros, éramos 6. Nos dias seguintes, passamos pelo
Glaciar Pio XI, com impressionantes 6 km de comprimento e 90 metros
de altura. Uma massa bruta de gelo, descendo das montanhas. Glaciar
Amália, Fiordo Calvo, onde fizemos uma excursão através
de botes menores, navegando entre os pedaços de gelo,
quebrando-os com pequenas picaretas e com eles em um copo apreciando
um uísque de 12 anos, mas o gelo de 20 mil anos. As belezas
naturais são tantas, e tão grandiosas, que todo o grupo
de passageiros viajando no deck superior, ficava em permanente
êxtase. Foram 5 dias e 6 noites inesquecíveis. As águas
onde navegamos são sempre tranquilas, por que é uma
região pontilhada de ilhas e canais, que “quebram “a
força do Oceano Pacífico. Em uma das noites a bordo,
tivemos a honra de comemorar os 75 anos do comandante Constantino.
Ficamos navegando até o dia 10/11, quinta-feira, quando
retornamos a Puerto Natales, e neste mesmo dia fizemos de ônibus
o percurso de volta até o aeroporto de Punta Arenas, onde
embarcamos de volta a Puerto Montt, chegando as 16:30 hs.









































11/11/05
– Sexta-feira: pela manhã passeamos pela cidade de
Puerto Montt. Fomos ao shopping e próximo ao meio dia,
chegaram, vindos de Porto Alegre, mais um casal de amigos, Clóvis
Bonatto ( Bona ) e sua esposa Maria de Lurdes ( Dudi ). Almoçamos
os 3 casais no restaurante do hotel e a tarde, eu e minha esposa
fomos levar a Nice e o Jorge ao aeroporto para que eles voltassem a
Porto Alegre. Na viagem até o aeroporto, a emoção,
que começou com a Nice, contagiou a todos nós, e as
lágrimas rolaram naturalmente, pois juntos passamos dias
maravilhosos. De volta à cidade, fomos ao encontro dos
queridos Bona e Dudi, e novamente saímos para caminhar pela
cidade para aliviar a emoção da despedida que há
pouco tínhamos vivido. Rodamos pela cidade e região, no
dia de hoje, 34 km.





Dudi, Bonatto, Beti, Jorge e Nice





12/11/05
– Sábado: Eu, a Beti ( minha esposa ), o Bona e a Dudi
fechamos a conta do hotel em Puerto Montt as 9:30 e fomos até
Puerto Varas, onde em pouco tempo demos uma volta pela cidadezinha e
pela orla, passando em frente ao Cassino e dos principais hotéis.
Em seguida refizemos o passeio de subida ao vulcão Osorno,
onde registramos algumas fotos e constatamos que boa parte da neve
que tínhamos visto dias atrás, quando estivemos aqui
com o Jorge e a Nice, agora havia derretido. Quando descemos do
vulcão Osorno, pegamos à direita na estradinha de terra
para completar a volta no Lago Llanquihue, em cujo trecho passamos
pela pequena cidade de Puerto Octay. Seguindo, chegamos em Frutillar,
onde fizemos várias fotos, inclusive algumas com o Lago e o
vulcão Osorno ao fundo. Na cidadezinha de Frutillar, pegamos a
Ruta 5 em direção ao norte até próximo a
cidade de Osorno, onde entramos a direita na Ruta 215, e atravessamos
a Cordilheira em direção a Argentina. No meio do
percurso, em plena cordilheira, existe o marco internacional da
divisa, chamado Paso Internacional Cardenal Antonio Samore, com uma
altura sobre o nível do mar (snm) de 1.321 metros.Esta
passagem é a mais curta e com altitudes mais baixas que eu até
então conhecia na Cordilheira dos Andes. A estrada tem uma
bela paisagem de campos, montanhas e vulcões nevados. Chegamos
na Argentina, na pequena e bonita cidade de Villa La Angostura, às
margens do Lago Nahuel Huapi e nos hospedamos no hotel El Faro, em
frente ao lago. A hora de chegada foi as 21:30. Percorremos hoje 414
quilômetros.




Beti, Paulinho e Bonatto









Paulinho e Dudi





















13/11/05
– Domingo – Saímos as 10:15 do hotel em direção
ao Cerro Bayo, a uma altura de 1.772 metros, importante centro de
esqui, de onde se pode vislumbrar o lago Nauel Huapi, Cerro Tronador,
El Dormilón e a Península de Quetrihué, com seus
bosques de arrayanes. A tarde fizemos o passeio de catamarã
ao Parque Nacional Los Arrayanes ( espécie de árvore
com os troncos e galhos alaranjados, quase dourados ). Neste bosque,
nos anos de 1950, Walt Disney filmou cenas do famoso filme Bambi.
Rodamos hoje 62 quilômetros.















14/11/05
– Segunda-feira: saímos as 9:00 em direção
à Bariloche pela Ruta 231, que também é um
trecho muito bonito, pois na maior parte do tempo viajamos bem
próximo ao Lago Nauel Huapi. Chegamos em Bariloche as 11:40,
almoçamos, passeamos e procuramos hotel. Esta cidade, San
Carlos de Bariloche, é uma cidade completa em opções
para o turismo, arte, cultura, gastronomia e belezas naturais. Tendo
na primavera e no verão a vegetação explodindo
em flores e cores, e no inverno, neve e chocolate quente para atrair
os esquiadores e estampar cartões postais. À tarde
percorremos o chamado “Circuito Chico”, de 62
quilômetros, pela Ruta Provincial 77. Entre inúmeras
paisagens, encontra-se outra beleza, esta feita pela mão do
homem: o mundialmente famoso Hotel Lao Lao, que é aberto para
visitação, um luxo para poucos. À noitinha,
retornamos para a cidade de Bariloche, onde nos hospedamos no Hotel
Huemul (bem às margens do Lago Nauel Huapi). Hoje percorremos
151 quilômetros.
15/11/05
– terça-feira: O Hotel Huemul, por estar construído
em uma estreita faixa de terra entre uma rodovia e as margens do
Lago, possibilita uma visão muito bonita da maioria de suas
instalações. O saboroso café da manhã,
somado à visão do Lago Nauel Huapi é para se
guardar na memória. O belo cenário confere um sabor a
mais ao desjejum. Saímos do hotel as 10 horas e fomos ao Cerro
Catedral, importante complexo turístico e estação
de esqui. Subimos de teleférico até a última
estação, onde existe uma lanchonete, no qual tomamos um
chocolate quente. Avista-se toda a região. De volta à
cidade, aproveitamos para visitar o Campanario, no Cerro Otto, onde
subimos pelo teleférico e almoçamos no restaurante
giratório. Desse local também se obtém uma vista
panorâmica de toda a região. À tarde, caminhamos
pelas ruas visitando o comércio de Bariloche. Percorremos hoje
70 quilômetros.


































16/11/05
– Quarta-feira: saímos de Bariloche em direção
a Ruta 40 e fomos para o sul aproximadamente 33 quilômetros.
Nos arredores da Villa Mascardi, pegamos à direita em uma
estrada de rípio, onde demos entrada no Parque Nacional, para
visitar o Cerro Tronador, cuja altura é de 3.478 metros e está
situado na divisa entre Argentina e Chile. Esta montanha tem uma
espessa camada de gelo, ou glaciar pendurada em uma de suas encostas
ou “colgante”, como chamam os argentinos. O peso é
tão grande, que ela vai se partindo, e é esta a visão
que o turista tem de longe: uma parede de pedra, sendo metade coberta
por uma camada de gelo compacto que chega a ter 70 metros de
espessura. Almoçamos no Parque e retornamos no fim da tarde.
Percorremos hoje 199 quilômetros.






























17/11/05
– Quinta-feira: Fechamos a conta no hotel em Bariloche e saímos
as 10 horas em direção a cidade de San Martín de
Los Andes, cuja distância é de 189 quilômetros.
Pegamos inicialmente a Ruta 40, depois à esquerda a Ruta 231
até Villa La Angostura. Depois fizemos um trecho de rípio
até a Ruta 234. Chegamos no meio da tarde em San Martín,
onde terminamos o dia com passeios pela pequena cidade. Percorremos
hoje 234 quilômetros.
18/11/05
– Sexta-feira: San Martín de Los Andes é uma
cidade com 23 mil habitantes e está a 625 metros de altitude,
às margens do Lago Lácar. Predominam, na sua
arquitetura, chalés coloridos e outros somente com verniz,
mostrando a sua cor avermelhada natural. Mais parece uma cidade
cenográfica, romântica e frequentada por muitos
pescadores de trutas e salmões que pescam nos rios e lagos de
toda a região. Uma das curiosidades é o ônibus
turístico vermelho que foi doado pela cidade de Londres. Sai
do centro e percorre quase todas as ruas desta graça de
cidadezinha. Rodamos hoje, pela cidade e região, 17 Km.


19/11/05
– Sábado: Fechamos a conta no hotel e saímos as
9:30 em direção à Baía Blanca, do outro
lado do país, às margens do Oceano Atlântico.
Hoje iremos andar bastante, atravessaremos o país, de oeste a
leste. Começamos pela Ruta 234 até Junín de Los
Andes, distante 38 quilômetros. Também muito charmosa, e
onde existe um campeonato anual e mundial da pesca de truta. Tem
também um complexo para a prática de esqui. Seguimos
viagem pela Ruta 234 até a Ruta 40, onde dobramos à
direita e fomos à Ruta 237, onde dobramos à esquerda e
seguimos até Neuquén. Este trecho de San Martín
até a Ruta 237 é de uma beleza natural muito grande.
Deste trecho, podemos observar ao fundo, a oeste, as neves eternas da
Cordilheira dos Andes, e temos a nítida sensação
que estamos nos despedindo dessa maravilha. Ainda neste trecho da
Ruta 40, próximo ao vilarejo de Colón, deparamos com um
contraste da terra árida e muita água, entre rios e
lagos. Seguimos pela Ruta 237 em direção a Neuquén,
onde passamos no início da tarde. É uma cidade grande,
com 202 mil habitantes a 265 metros de altitude. Não entramos
na cidade. seguimos agora passando por vários vilarejos à
beira da rodovia, chamada Ruta 22. Esta região é muito
explorada para a plantação de frutas e uma das árvores
que se destaca pela sua beleza, é a cerejeira, muito abundante
por ali. Passamos por Rio Colorado, La Adela, chegando em Baía
Blanca as 10 horas da noite. Fizemos hoje 951 quilômetros.











20/11/05 – Domingo: Saímos do hotel em Baía Blanca as 9:30 e fizemos um breve passeio pela cidade, tomando um rumo para Mar Del Plata, primeiro pela Ruta 3 até Tres Arroyos, depois pela Ruta 228 até Necochea e depois pela Ruta 88 até Mar Del Plata, onde chegamos as 16 horas. Esta é uma cidade com 512 mil habitantes e é o centro turístico balneário mais importante da Argentina, com projeção internacional. Tem uma costa de 17 quilômetros, onde se sucedem praias magníficas, muitas delas com parques e jardins. A cidade tem avenidas largas, muitos parques, praças e jardins públicos. Nestes últimos três dias, viajamos muitos quilômetros. Para quem não conhece esta região parece que se torna cansativo, mas na verdade é como estar passeando o dia todo por que as paisagens vão se alternando, as estradas são boas, grandes retas com pouco movimento. Mesmo viajando entre 90 e 100 km/h, você percorre, quase sem sentir, grandes distâncias durante o dia. Com tudo isso, a própria viagem é o lazer. No meio da tarde chegamos a Mar Del Plata e ficamos passeando pela orla da cidade. Percorremos hoje 480 quilômetros.






21/11/05 – Segunda-feira: Aproveitamos a manhã para rodar pela cidade, e às 13:30 hs começamos a viagem para Buenos Aires pela Ruta 2, uma autoestrada direto a capital, distante 400 quilômetros. Chegamos ao destino às 19 horas. Hospedamo-nos em um hotel distante uns dois quilômetros do Porto. Eu e o Bonatto fomos caminhando até o Porto e no Terminal do Buck Bus adquirimos as passagens para no dia seguinte, cedo da manhã, atravessarmos o Rio Del La Plata, até Montevideo. O Buck Bus é uma companhia de transporte, que com seus navios balsa, faz esta travessia ligando os dois países. De Buenos Aires existem duas opções para o Uruguai: para Montevideo, com duração de 2 horas e para Colonia del Sacramento, com duração de 1 hora. Percorremos hoje 450 quilômetros.








22/11/05 – Terça-feira: Chegamos ao porto às 7 horas da manhã, de carro. Fizemos os trâmites, e eu entrei na balsa dirigindo nossa camioneta, e o Bonatto, a Dudi e a Beti, pelo acesso normal dos passageiros. Iniciamos a travessia pontualmente as 8 horas e desembarcamos em Montevideo, ao meio dia, horário local ( 1 hora adiantado do horário Argentino ). Estas embarcações são muito confortáveis e com boa estrutura para refeições. Fizemos um breve passeio na capital, pois nós quatro já havíamos estado na cidade por outras vezes. Só a título de informação, um dos pontos turísticos mais visitados em Montevideo, é o mercado público, situado junto ao Porto. Lá existem também ótimos grelhados, com a deliciosa carne uruguaia. Tomamos rumo de Punta Del Este, a 135 quilômetros, pela Ruta 1, que é uma boa autoestrada que vai acompanhando a costa do Oceano Atlântico. Punta del Este é um balneário de fama internacional, frequentada no verão principalmente por argentinos e brasileiros endinheirados. No centro da cidade, está situado o famoso cassino e Hotel Conrad. Outra particularidade são as belíssimas mansões de arquitetura variada com magníficos jardins. é considerado um dos dez balneários mais luxuosos do mundo, e no verão sua população passa dos 200 mil habitantes. Para quem não conhece a região, existe uma pequena cidade balneária próxima 30 quilômetros de Punta del Este também muito interessante chamada Piriápolis, onde há um grande cassino e um teleférico que dá acesso a uma montanha perto da praia. Depois do almoço seguimos para o Brasil pela Ruta 9, onde chegamos no fim do dia na cidade gaúcha de Chuí, onde nos hospedamos. Hoje rodamos 373 quilômetros.








23/11/05 – Quarta-feira: Saímos do hotel as 8:30, passamos por Porto Alegre a tarde e chegamos na nossa cidade de Taquara as 18:30, onde terminou a viagem de 31 dias. Percorremos hoje 593 quilômetros.
DADOS DA VIAGEM:
26 dias
8.720 km percorridos
Participantes: Paulinho, Beti, Jorge, Nice, Bonatto e Dudi.